segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ALAGOINHAS VELHA: DIA DAS MISSÕES E DA JUVENTUDE

Hoje 30 de outubro, XXXI Domingo do tempo comum, dia dedicado à Juventude e às Missões.

PAZ E BEM !

Finalizando o mês das missões, a liturgia nos chama a refletir sobre a missão de proteger e defender nosso planta contra a depredação, em especial a Amazônia que está sendo tão desrespeitada e destruída pela ambição e descuido do homem.

Também reforça a nossa missão, no dia de hoje, de orar e de ajudar nossa juventude que esta sendo dizimada pelas drogas e pela falta de amor.

A Comunidade de Santo Antônio de Alagoinhas Velha, Paróquia de São Francisco, através de suas catequistas, fez uma apresentação com as crianças da catequese a respeito das missões ora comentadas .

Um fraterno abraço !

domingo, 30 de outubro de 2011

FREI LEÃO É LEMBRADO EM CELEBRAÇÃO

Frei Leão
Ao encerrar o Mês das Missões, Frei Sebastião, celebrando a missa das 8h na igreja de Alagoinhas Velha, fez memória dos 24 anos do falecimento do missionário capuchinho, italiano que se tornou alagoinhense e brasileiro, Frei Leão de Marota (Frei Leão Ricci). O Frei querido está sepultado no interior da Igreja de Santo Antônio de Alagoinhas Velha.
Frei Leão, homem de oração e piedade, desenvolveu suas atividades de missionário, por muitos anos em Alagoinhas, unindo oração e ação. Quando ainda não havia água encanada na cidade, ele, como pároco, construiu chafariz no bairro da Favela (hoje, Bairro Santo Antônio) permitindo aos moradores terem água de qualidade para beber.
Quando as escolas públicas eram mantidas somente pelo Governo do Estado e Federal e não pelo município, Frei Leão criou as escolas Paroquiais para os alunos carentes. Uma sala ao lado da sacristia da antiga Igreja Matriz foi usada como primeira sala de aula da Escola Paroquial. Em seguida, foi construído um prédio escolar paroquial no Bairro Santo Antônio.
Preocupado com a velhice desamparada das irmãs franciscanas da Ordem Terceira (Ordem Franciscana Secular – OFS), o missionário capuchino idealizou um abrigo onde elas pudessem ser acolhidas com carinho e dignidade. Assim, nasceu o Lar Franciscano.
Outra preocupação sua foram as crianças filhas de mães pobres que deveriam trabalhar. Daí, a iniciativa de criar creches para abrigar essas crianças enquanto as mães trabalhavam. Desse modo, nasceu a Creche de Alagoinhas Velha e o Centro Comunitário.
A Frei Leão é também devido o início da construção da futura Catedral, deixando inacabada, porém, já em condições de celebrar os atos litúrgicos no seu interior, quando os padres diocesanos assumiram e com a chegada de Dom José Cornelis como Vigário Episcopal.
Alagoinhas é grata a Frei Leão e seu povo não esquece a atenção e acolhimento carinhoso que ele dispensava a todos.

sábado, 29 de outubro de 2011

JOVENS EM BUSCA DE DEUS

Gislene Vieira
“Lembra do teu Criador nos dias da tua juventude” (Ecle 12,1).

Por Gislene Vieira *

A maioria dos jovens pensa que só deve servir a Deus quando tiver curtido demais a sua vida ou na terceira idade. Só então, deve pensar em rezar e em ir para a Igreja. Ser jovem católico não te impede de sair, dançar, namorar. Ou seja: a Igreja não quer jovens alienados, sem voz e vez. Ela quer, sim, jovens com sede de justiça, de novas amizades e com um coração sedento pela Palavra de Deus.
Hoje, com novos projetos de evangelização, a igreja te convida a participar das missas, pastorais e movimentos que trabalham levando valores religiosos, éticos e culturais a todos.
Jovem, não esperes para depois, o tempo é agora: “Lembra do teu Criador nos dias da tua juventude” (Ecle 12,1).

Fonte: Irmão Sol e Irmã Lua - Agosto de 2011.
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* Gislene é coordenadora da PASCOM da Paróquia São Francisco de Assis – Alagoinhas - Bahia

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MOVIMENTOS EM DESTAQUE

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO - PASCOM

Frei Sebastião - Pároco da Paróquia São Francisco de Assis
Alagoinhas - Bahia
A Pastoral de Comunicação é uma realidade na Igreja do Brasil. Iniciamos, este ano, um trabalho que favorece a pastoral de conjunto em toda a Paróquia. A esta iniciativa nós damos o nome de Pastoral da Comunicação. Para quem não a conhece, trata-se de uma pastoral considerada o pulmão na Ação Evangelizadora da Igreja. Assim, também, são as nossas comunidades, pastorais e movimentos, que para serem conhecidas nas suas finalidades dependem de um meio necessário para a realização e divulgação de todo trabalho missionário. A Tarefa de evangelizar está na responsabilidade de todos os cristãos.

Então, o que é evangelizar?

Sabemos que é levar aos irmãos e irmãs de hoje, a mensagem da Vida e Missão de Nosso Senhor, como meta principal de toda a Igreja e torná-lO conhecido, amado e glorificado. Assim, trabalhamos de muitos modos com a finalidade de atingir as pessoas da nossa comunidade. Com esse intuito, a nossa Paróquia dá início ao trabalho da PASCOM, apostando na perseverança da equipe, que se comprometeu a levar adiante, um trabalho que une todas as forças vivas através das nossas pastorais a um só objetivo: EVANGELIZAR.

A evangelização começa pelo anúncio e divulgação dos eventos paroquiais, que são realizados por meio das Comunidades, Pastorais e Movimentos da nossa Paróquia São Francisco de Assis. Como ponto de partida, criamos o Blogger da paróquia e, este informativo paroquial facilitará a nossa comunicação e interação de uma forma dinâmica e eficaz. Faço votos de que todas as pessoas que fazem parte da Paróquia São Francisco de Assis possam contribuir com esse trabalho, acolhendo e divulgando essa iniciativa, que leva ao crescimento de todos nós.
Por: Frei Sebastião

GRUPO DE ORAÇÃO ANUNCIA-ME RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA (RCC)

O Grupo de Oração Anuncia-me, da Renovação Carismática Católica, existe na Paróquia de São Francisco de Assis-Alagoinhas-Ba, desde 17 de agosto de 1991, quando às 15h, na Capela de Nossa Senhora das Candeias,  Praça Kennedy, s/n , aconteceu a primeira reunião de Oração, coordenada por Araildes Magalhães e demais irmãos vindos de Salvador-Ba. A reunião contou com um grande número de paroquianos, dentre eles: Gil, Terezinha Portati, Maria Jaqueira, Dona Dudu, Tânia Libório, Naildes, Risélia, Antonio Barbosa e Silvia Magalhães, a qual foi inspirada pelo Espírito Santo para fundar o Grupo. Nestes 20 anos de caminhada, o Grupo Anuncia-me tem buscado levar a todos uma experiência pessoal do amor de Deus a partir da renovação do Espírito Santo, da oração de louvor e da pregação querigmática da Palavra de Deus, resultando na conversão e no engajamento pastoral dos membros.

Atualmente, o Grupo Anuncia-me se reúne na Igreja de São Francisco, todas às sextas-feiras, das 19 às 21h. Você é o nosso convidado a, também, experimentar “este jeito” de ser Igreja Católica Apostólica Romana.
Por: Antônio Barbosa



ASSIS: RELIGIÕES MUNDIAIS RENOVAM, JUNTAS, COMPROMISSO PELA PAZ


“Continuaremos unidos nesta viagem, no diálogo, na construção cotidiana da paz e no nosso compromisso por um mundo melhor.” Palavras de Bento XVI ao concluir na tarde desta quinta-feira a Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração, em Assis.
No ato conclusivo desta Jornada, os representantes das religiões mundiais renovaram, juntos, o compromisso pela paz. Juntos, cada um vestido com suas roupas tradicionais, deram cor a um dia cinzento aqui em Assis, onde somente no final um tímido sol apareceu. Um após o outro, os líderes se comprometem a jamais se resignar às guerras e a respeitar a Regra de ouro: "Faça ao outro o que gostaria que fosse feito a você". Bento XVI repetiu exatamente o apelo feito por João Paulo II, no encontro de 25 anos atrás: "Nunca mais a violência! Nunca mais a guerra! Nunca mais o terrorismo!".
"O evento de hoje é uma imagem de como a dimensão espiritual é um elemento chave na construção da paz", disse ainda o Papa. "De coração agradeço a todos vocês aqui presentes por terem aceito o meu convite a vir a Assis como peregrinos da verdade e da paz e saúdo cada um de vocês com as palavras de São Francisco: 'O Senhor lhe dê a paz'", acrescentou... (Veja matéria na íntegra, clicando aqui).
Fonte: Rádio Vaticano
Veja também:

Mensagem de Bento XVI em Assis

As religiões jamais podem ser motivo de violência. Os credos e o diálogo inter-religioso são e devem ser baseados na paz. Foi a evocação feita por Bento XVI, nesta quinta-feira, em Assis, diante dos expoentes de todas as religiões do mundo, e de um grupo de agnósticos, por ocasião de uma nova Jornada mundial de oração e de reflexão pela paz, à distância de 25 anos do histórico encontro realizado por iniciativa de João Paulo II... (Veja matéria na íntegra, clicando aqui).
Fonte: CNBB

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A JUVENTUDE BRASILEIRA CELEBRARÁ NO DIA 30 DE OUTUBRO A 26ª EDIÇÃO DO DIA NACIONAL DA JUVENTUDE


2011, mais uma primavera

No dia 30 de outubro de 2011 a juventude brasileira celebrará mais uma primavera do dia mais juvenil do ano. Após o mapeamento, podemos afirmar que o Dia Nacional da Juventude é a atividade católica que consegue reunir o maior número de jovens em um único dia (ou período) em todos os estados brasileiros, em muitas dioceses do Brasil. Com certeza, temos algumas iniciativas de expressões juvenis com muita relevância, porém, acontecem em apenas um local, o DNJ não! Ele tem a capacidade de criar unidade da juventude do sul com o norte, do leste com o oeste. Todos/as realizando a mesma atividade de acordo com suas realidades, refletindo o mesmo tema. Sinal de que independente da região, sotaque, expressão juvenil que participa o importante é celebrar e anunciar a vida da juventude.

Na 26ª primavera do DNJ, somos convidados/as a refletir sobre o tema "Juventude e protagonismo feminino", tendo como lema "Jovens mulheres tecendo relações de vida". Momento de refletir sobre a presença e vida das mulheres, em especial das jovens mulheres de nossa sociedade.

É hora de continuar fazendo acontecer! Que venham mais primaveras, que venham mais trintas de outubro, que venham mais Dias Nacionais da Juventude! Não podemos desanimar, é hora de ter coragem, assim como nos convida o saudoso Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
Leia a reportagem completa: Revista Missões

Joaquim Alberto Andrade Silva
Comissão Nacional de Assessores/as da Pastoral da Juventude
joaquimaasilva@gmail.com


DNJ DIOCESE DE ALAGOINHAS:

Nos dias 14 a 16/10/2011, aconteceu o DNJ em Heliópolis e Aporá.
No dia 30/10, domingo, vai acontecer o DNJ em Rio Real e Porto Sauípe.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

FREI LEÃO DE MAROTTA

 Frei Leão Leão de Marotta (* 2 de julho de 1914 - + 24 de outubro de 1987).

24 de outubro de 2011: Vinte e quatro anos de saudade pela transição de nosso Frei Leão para a eternidade. 


Por Tiago de Assis Batista

Frei Leão de Marotta (nome religioso que conservou até 1970, passando a ser de como Frei Leão Ricci), nasceu na cidade de Marotta (PE), Itália, no dia 2 de julho de 1914; seus pais: Giuseppe Ricci e Anunziata Gheti; no batismo, recebeu o nome de Ricci Sinibaldo; entrou no seminário capuchinho de Pêsaro (Itália) em 1923; em 1927, foi transferido para o seminário capuchinho de Fermo. Iniciou o noviciado no convento de Camerino (Itália) em 3 de julho de 1929, recebendo o nome de Frei Leão de Marotta (Fra Leone da Marotta); proferiu os votos temporários em 14 de julho de 1930 e fez a profissão solene (votos perpétuos) em 4 de agosto de 1935 na cidade de Loreto (AN) – Itália; cursou a Filosofia em Ancona (AN) - Itália e Teologia em Loreto; recebeu o diaconato em 13 de março de 1937, pelas mãos de Dom Gaetano Malchiodi e foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho do mesmo por Dom Francesco Borgongini Duca, Núncio Apostólico da Itália.

Terminados os estudos e ordenado sacerdote, veio para o Brasil como missionário em 1938. Residindo no Convento da Piedade, em salvador (BA), foi professor de Teologia Moral e Direito Canônico dos estudantes capuchinhos de 1940 a 1952; foi assistente da Custódia da Bahia e Sergipe de 1946 a 1948; em 1952 foi eleito Custódio Provincial, exercendo a função até 1956.

Terminada a missão de Custódio Provincial, Frei Leão foi transferido de Salvador para Alagoinhas – BA, sendo vigário da comunidade e pároco da Paróquia de Santo Antônio de 1952 a 1962.

Em 1963, volta ao Convento da Piedade em Salvador, como diretor da Escola Gráfica Nossa Senhora de Loreto, cargo que exerceu até 1965.

Transferido para o convento de Esplanada, exerce as funções de pároco e de diretor da Escola Agrícola de 1966 a 1968.

Em 1969, é transferido para fraternidade de Alagoinhas onde permaneceu pelo resto de sua vida, desempenhando uma missão muito importante nessa cidade, deixando pelo exemplo de vida e testemunho de fé, marcas inesquecíveis no coração das pessoas que o conheceram.

Chega a Alagoinhas com a nomeação de superior e ecônomo da fraternidade – missão exercida até 1971; continuou como Diretor Assistente da Ordem Franciscana Secular (OFS) e Vigário Paroquial; de 1978 a 1980, foi Vigário da Fraternidade; de 1981 a 1986, foi novamente Superior da fraternidade; de 1986 a 1987, foi Vigário Paroquial.

Somando os anos passados por Frei Leão em Alagoinhas, temos um total de 29 anos.

Quando foi superior a primeira vez, inaugurou o altar mor e os laterais da Igreja de São Francisco, dando por concluías a obas daquele templo.

Durante toda sua permanência em Alagoinhas, ele soube conciliar o seu zelo de pastor que cuida a parte religiosa com o seu zelo pela parte social. Sua visão não era a de “salvar a alma” das pessoas, mas a pessoa toda – corpo e alma; matéria e espírito.

Quando foi pároco – a cidade toda era uma paróquia -, não havia água encanada na cidade; as pessoas pobres tinham dificuldades em conseguir água para o uso. Foi então que o pároco teve a iniciativa de construir um chafariz no bairro então denominado Favela (hoje,  Bairro Santo Antônio).

Também, nem todos os alunos conseguiam matriculas nas escolas públicas, não havia escolas municipais. Logo, o Frei fundou as escolas paroquiais; a primeira funcionava em uma sala ao lado da sacristia da antiga igreja matriz; depois, fundou uma escola paroquial no referido bairro da Favela; deu continuidade ao Rosário da Caridade – instituição de caridade fundada por Frei Caetano de Altamira.

Foi obra sua o início da construção da nova Igreja Matriz de Santo Antônio, deixando quase concluída – hoje Catedral.

Deixando a função de pároco, não parou com as atividades sociais: Como Vigário Paroquial da Paróquia são Francisco de Assis e responsável pela comunidade de Alagoinhas Velha, organizou cursos profissionalizantes, como corte e costura, bordado, culinária e artesanato. Para esses cursos, contou com a ajuda de uma religiosa franciscana imaculatina, Irmã Laura, italiana; depois, fundou uma creche para crianças filhas de mães de baixa renda. Para expandir as atividades, fundou o Centro Comunitário de Alagoinhas Velha.

Frei Leão sempre se preocupou com os mais pobres e com os idosos abandonados. Como diretor assistente da Ordem Franciscana Secular (OFS), vendo entre elas muitas ancas desamparadas, penou em fundar uma instituição para abrigá-las na velhice. Com a ajuda da OFS e de pessoas amigas, adquiriu uma casa e aí começou a abrigar as franciscanas idosas desamparadas, dando o nome de Lar Franciscano. Como foi aparecendo a procura de abrigo por parte de outras idosas desamparadas que não eram franciscanas, surgiu a necessidade de ampliar as acomodações, construindo outro galpão no quintal da antiga casa. Por exigência das leis foi preciso legalizar essa instituição dando-lhe estatutos próprios. Assim nasceu legalmente o “Lar Franciscano Emma Barbetti”. Uma “sociedade civil, de fins filantrópicos, de caráter beneficente, educativo, cultural de assistência social, que tem por finalidade assistir à velhice em geral e, de modo especial, a velhice pobre e desamparada”. Sua fundação oficial data de 20 de setembro de 1971. O nome Emma Barbetti é em homenagem a uma italiana cunhada de Frei Leão que muito o ajudou na construção e manutenção da obra.

Não só a população alagoinhense em geral reconhecia o amor e dedicação do religioso a sua gente, mas também os poderes públicos. A Câmara Municipal de Vereadores de Alagoinhas concedeu ao Frei Leão o título de Cidadão Honorário de Alagoinhas, em reconhecimento do seu compromisso com a comunidade.

Frei Leão não dirigia automóvel. Suas andanças na cidade, pelos bairros e até zona rural eram feitas, de início, em bicicleta. Depois, deram-lhe de presente um motociclo denominado “motoneta”, um tipo de “mobilette”. Anos depois, deram-lhe uma motocicleta italiana tipo “Lambretta”. A “lambretta de Frei Leão” tornou-se popular em Alagoinhas.

O religioso querido de todos veio a falecer no Hospital São Rafael em Salvador no dia 24 de outubro de 1987. Sua morte foi causada por um acidente de trânsito, justamente no dia e no momento em que ele se deslocava do convento para a inauguração da creche, por ele fundada, no bairro de Alagoinhas Velha. Um carro que vinha saindo de uma rua transversal colidiu com sua “lambretta”. No choque, ele fraturou o fêmur. Sendo conduzido ao Hospital em Salvador, passou por uma intervenção cirúrgica bem sucedida; mas, dois dias depois, começou a passar mal, deixando os médicos preocupados com o seu estado, mas nada puderam fazer para evitar o óbito. Suas exéquias foram realizadas na Igreja de São Francisco, em Alagoinhas. Seu corpo foi sepultado no interior da Igreja de Santo Antônio em Alagoinhas Velha. Uma multidão imensa assistiu pesarosa as últimas homenagens prestadas a esse religioso que tanto amou e serviu a Alagoinhas. Faleceu aos 73 anos de idade e 50 de sacerdócio.

Veja mais:

FREI LEÃO RICCI: UM NOME QUE ALAGOINHAS ESQUECERÁ JAMAIS

ALAGOINHAS: CAPELA É ARROMBADA POR MARGINAIS

Na madrugada de quinta para sexta-feira, 22/10, marginais arrombaram a capela de Nossa Senhora das Candeias da Praça Kennedy – Alagoinhas – BA e reviraram tudo dentro, à procura de objetos de valor: Arrobaram armários, gavetas; abriram o sacrário e derramaram no chão as hóstias consagradas; quebraram imagens. Levaram: um cálice e duas âmbulas (banhados a ouro, mas de pouco valor comercial), dois microfones, um aparelho de DVD e outros objetos. Acredita-se que a intenção era levarem um teclado novo recém-adquirido pela Pastoral dos Homens. Felizmente, o teclado não estava lá. Moradores da Praça e pessoas devotas suspeitam de alguns elementos usuários de drogas que freqüentam a praça e já têm hábito de furtar. Porém, não podem ser acusados por falta de provas.
Fonte: A Caminhada

domingo, 23 de outubro de 2011

DOMINGO DAS MISSÕES

Foto: Frei João Paulo e Frei Giovanni entre os índios na Amazônia

Comemorando o Dia das Missões, a Paróquia de São Francisco de Assis em Alagoinhas relembra e faz homenagem a todos os missionários capuchinhos que deram sua vida semeando a Boa Nova de Jesus Cristo por toda essa região da Bahia e Sergipe e mais além, desde o litoral ao mais alto sertão, construindo capelas, igrejas, fundando paróquias, abrindo casas religiosas, seminários, hospitais, colégios, realizando obras sociais.

Uma homenagem especial aos mais novos missionários capuchinhos da Província, Frei João Paulo e Frei Giovani, que agora se encontram entre os índios da Amazônia, anunciando a Boa Nova de Jesus Cristo sem destruir a sua cultura, seus costumes.



Falando à Rádio Vaticano no Dia Mundial das Missões, o Prefeito de Propaganda Fide Arcebispo Dom Fernando Filoni, disse que “a nova evangelização olha para quem já recebeu e conhece o Evangelho ou que tendo recebido – por exemplo no Sacramento do Batismo – já quase esqueceu, para não dizer que o ignora. O Dia das Missões, ao invés, é a primeira evangelização, como o Concílio Vaticano II, no Decreto Ad gentes afirma: “a primeira missão da Igreja é a de anunciar o Evangelho”. Junto com o anúncio se faz, porém, também a evangelização de quem o recebeu. Como dicastério nós estamos comprometidos sobretudo a chegar àqueles 5 bilhões de homens que não conhecem o Evangelho e isso para nós se torna a missão principal”. (Veja a matéria na íntegra, clicando aqui).



sábado, 22 de outubro de 2011

A IGREJA E OS RECURSOS DA INTERNET




A Igreja e as Redes Sociais
Os tempos passam…e os meios de comunicação entre as pessoas ganharam mais força. Com o aparecimento da internet e das redes sociais então, foi uma verdadeira “explosão” de interatividade. E a Igreja Católica entrou com tudo nesse mundo para uma nova forma de evangelização: a virtual.

O papa Bento XVI já falou diversas vezes que as mídias sociais são importantes aliadas para que se leve a palavra de Deus às pessoas (como diz em um versículo da Bíblia “Levai o Evangelho a toda criatura”), mas com uma certa cautela.
“... O papa conhece bem a importância das redes sociais, sobretudo para se comunicar com os jovens"... Um dos maiores casos em que as mídias sociais foram aliadas da Igreja foi durante a Jornada Mundial da Juventude de Madrid, em agosto desse ano, aonde uma grande equipe de voluntários postava as notícias do que acontecia no evento nos perfis em diversas redes, como facebook e twitter (por exemplo), em 21 idiomas.
.... Em junho, o Vaticano, com assessoria de uma empresa espanhola, lançou o portal de notícias news.va, com o objetivo de promover a imagem da Igreja, especialmente junto aos jovens.
E para vocês, amigos, ... quais os benefícios do uso das mídias sociais pela Igreja Católica? Qual a sua opinião sobre esse assunto? ... (Veja a matéria completa, clicando aqui).

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONVENTO DE SÃO FRANCISCO – ALAGOINHAS – BAHIA

Por Tiago de Assis Batista

O atual Convento de São Francisco em Alagoinhas foi aberto por razões vocacionais: Fundar um novo Seminário. Foi aberto canonicamente por Rescrito da Sacra Congregação dos Religiosos, nº 1673/40. A 11 de abril de 1940, executado pelo Rev.mo Padre Geral a 13 de abril de 1940 (Analecta Ordinis, 1941, pág. 33 – Atti Ufficiali dei Frati Minori Cappuccini Piceni, Ancona, Série 2. A, fasc. 2, pág. 63, “Nuova residenza”).O seminário foi inaugurado em 26 de janeiro de 1941. A igreja conventual foi inicia e cinco de outubro de 1941 e inaugurada por etapas, sendo a última em 16 de dezembro de 1951, quando da sagração do altar mor, construído todo em mármore.
O Seminário Menor (Primeiro Grau) funcionou de 1941 a 1947, encerrando com 69 candidatos. De 1949 a 1966, abrigou os estudantes de Filosofia - 60 ao todo. De 1968 a 1979, mais uma vez como Seminário Menor.
Os Religiosos Capuchinhos foram, por muitos anos, os únicos sacerdotes de toda a região. Construíram a fura Catedral de Santo Antônio e toda a infraestrutura para a implantação da Diocese. Divida a Paróquia de Santo Antônio, aos Capuchinhos foi entregue a nova Paróquia de São Francisco de Assis.

Superiores do Convento de São Francisco:

1943 – Frei Inocêncio de Apiro
1946 – Frei Henrique de Ascoli Piceno
1947 – Frei Paulo de Itabaiana
1950 – Frei Leão de Marotta
1953 – Frei Isidoro de Loreto
1956 – Frei Caetano Maria de Altamira
1958 - Frei Paulo de Itabaiana
1959 – Frei Lucas de Monterado
1960 – Frei Agatângelo de Crato
1961 – Frei Virgínio de Civitanova
1966 – Frei Pio de Cagli
1968 – Frei Leão de Marotta
1972 – Frei Lucas Gianfranceschi*
1975 – Frei Dário Romitti*
1978 – Frei Dário Romitti
1981 – Frei Leão Ricci*.

*Observação: A partir de 1970, com a reforma das Constituições, os religiosos capuchinhos tiveram a opção de ficar com o nome que lhes fora imposto ao ingressar no noviciado, ficar com o nome do noviciado e o sobrenome da família ou voltar a seu nome civil. Por isso, encontramos ao longo da história da Província, os mesmos freis com nomes diferentes.

Assim:

Frei Lucas de Monterado é o mesmo Frei Lucas Gianfranceschi (nome religioso com sobrenome da família);
Frei Leão de Marotta é o mesmo Frei Leão Ricci (nome religioso com sobrenome da família);
Frei Virgínio de Civitanova é o mesmo Frei Dário Romitti (nome civil).

DADOS BIOGRÁFICOS SOBRE OS SUPERIORES DO CONVENTO DE SÃO FRANCISCO ALAGOINHAS – BAHIA

A maioria dos dados abaixo foram tirados do capuchinhosbase , aos quais foram feitos alguns acréscimos ou pequenas correções necessárias onde foram encontrados possíveis equívocos.

Por Tiago de Assis Batistas

Frei Inocêncio de Apiro

De nacionalidade italiana, após a ordenação sacerdotal ,veio como missionário para os Estados da Bahia e Sergipe e aqui trabalhou por 55 anos. Religioso de intensa e fervorosa oração, de grande sacrifício e de uma cordialidade fraternal. Verdadeiro missionário itinerante, percorreu várias vezes todo o Estado da Bahia e Sergipe, anunciando a Boa Nova com muito amor e competência. Foi o primeiro superior do recém-aberto convento de são Francisco em Alagoinhas – Bahia. Quando a doença dos olhos não lhe permitiu viajar mais, fez seu campo de missão o Convento e a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, onde vivia em alegre companhia junto aos confrades e atendendo assiduamente às confissões, tornando-se o confessor preferido. Faleceu na Piedade em Salvador –BA, em 4 de fevereiro 1955, aos 78 anos e 63 de vida religiosa.

Frei Henrique de Ascoli Piceno

Frei Henrique de Ascoli Piceno (Montironi Giovanni), nascido na Itália, em 16 de agosto de 1912, ingressou no noviciado Capuchinho em Camerino – Itália, no dia 26 de setembro de 1928; proferiu os votos solenes em 27 de agosto de 1933; ordenou-se sacerdote em 11 de julho de 1937. No mesmo ano, veio trabalhar na Custódia da Bahia como missionário e aqui permaneceu até o fim da sua vida terrena. Frei Henrique, além de exercer o seu ministério sacerdotal com zelo e dedicação, pela sua habilidade de construtor, ofereceu um válido contributo à Custódia, então dependente da Província Capuchinha das Marcas de Ancona (Itália) – denominada Província Picena.
Dirigiu a construção do Convento e da Igreja de São Francisco em Alagoinhas (BA), onde foi guardião; foi responsável pela construção do Convento, Colégio e Igreja de Santo Antônio em Feira de Santana - BA. Foi pároco da Paróquia Nossa senhora do Monte em Conde – BA.
Executava estes trabalhos com muita dedicação, competência e responsabilidade, merecendo elogios dos técnicos em engenharia. Viveu a sua vocação religiosa e missionária com total fidelidade. Na sua longa enfermidade, deu testemunho de uma sólida espiritualidade, edificando a todos com a sua paciência e serenidade de espírito. Faleceu em Salvador–BA aos 25 de março de 2001, com 87 anos de idade e 73 de vida religiosa. Está sepultado no cemitério de Esplanada – Bahia.

Frei Paulo de Itabaiana

 
Frei Paulo de Itabaiana ( José Alves dos Santos), sacerdote capuchinho, natural de Itabaiana – SE, nascido a 11/02/1917; ordenado sacerdote em 19/12/1942; foi guardião do Convento de São Francisco em Alagoinhas, dedicou maior parte de sua vida pregando missões populares pelo interior da Bahia e Sergipe. Pediu dispensa dos votos e do ministério e constituiu família, já em idade madura. Morreu em Feira de Santana.

Frei Leão de Marotta (Frei Leão Ricci)

Frei Leão de Marotta (nome religioso que conservou até 1970, passando a ser de como Frei Leão Ricci), nasceu na cidade de Marotta (PE), Itália, no dia 2 de julho de 1914; seus pais: Giuseppe Ricci e Anunziata Gheti; no batismo, recebeu o nome de Ricci Sinibaldo; entrou no seminário capuchinho de Pêsaro (Itália) em 1923; em 1927, foi transferido para o seminário capuchinho de Fermo. Iniciou o noviciado no convento de Camerino (Itália) em 3 de julho de 1929, recebendo o nome de Frei Leão de Marotta (Fra Leone da Marotta); proferiu os votos temporários em 14 de julho de 1930 e fez a profissão solene (votos perpétuos) em 4 de agosto de 1935 na cidade de Loreto (AN) – Itália; cursou a Filosofia em Ancona (AN) e Teologia em Loreto; recebeu o diaconato em 13 de março de 1937, pelas mãos de Dom Gaetano Malchiodi e foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho do mesmo por Dom Francesco Borgongini Duca, Núncio Apostólico da Itália.
Terminados os estudos e ordenado sacerdote, veio para o Brasil como missionário em 1938. Residindo no Convento da Piedade, em salvador (BA), foi professor de Teologia Moral e Direito Canônico dos estudantes capuchinhos de 1940 a 1952; foi assistente da Custódia da Bahia e Sergipe de 1946 a 1948; em 1952 foi eleito Custódio Provincial, exercendo a função até 1956.
Terminada a missão de Custódio Provincial, Frei Leão foi transferido de Salvador para Alagoinhas – BA, sendo vigário da comunidade e pároco da Paróquia de Santo Antônio de 1952 a 1962.
Em 1963, volta ao Convento da Piedade em Salvador, como diretor da Escola Gráfica Nossa Senhora de Loreto, cargo que exerceu até 1965.
Transferido para o convento de Esplanada, exerce as funções de pároco e de diretor da Escola Agrícola de 1966 a 1968.
Em 1969, é transferido para fraternidade de Alagoinhas onde permaneceu pelo resto de sua vida, desempenhando uma missão muito importante nessa cidade, deixando pelo exemplo de vida e testemunho de fé, marcas inesquecíveis no coração das pessoas que o conheceram.
Chega a Alagoinhas com a nomeação de superior e ecônomo da fraternidade – missão exercida até 1971; continuou como Diretor Assistente da Ordem Franciscana Secular (OFS) e Vigário Paroquial; de 1978 a 1980, foi Vigário da Fraternidade; de 1981 a 1986, foi novamente Superior da fraternidade; de 1986 a 1987, foi Vigário Paroquial.
Somando os anos passados por Frei Leão em Alagoinhas, temos um total de 29 anos.
Quando foi superior a primeira vez, inaugurou o altar mor e os laterais da igreja de São Francisco, dando por concluías a obas daquele templo.
Durante toda sua permanência em Alagoinhas, ele soube conciliar o seu zelo de pastor que cuida a parte religiosa com o seu zelo pela parte social. Sua visão não era a de “salvar a alma” das pessoas, mas a pessoa toda – corpo e alma; matéria e espírito.
Quando foi pároco – a cidade toda era uma paróquia -, não havia água encanada na cidade; as pessoas pobres tinham dificuldades em conseguir água para o uso. Foi então que o pároco teve a iniciativa de construir um chafariz no bairro então denominado Favela (hoje, Santo Antônio).
Também, nem todos os alunos conseguiam matriculas nas escolas públicas, não havia escolas municipais. Logo, o Frei fundou as escolas paroquiais; a primeira funcionava em uma sala ao lado da sacristia da antiga igreja matriz; depois, fundou uma escola paroquial no referido bairro da Favela; deu continuidade ao Rosário da Caridade – instituição de caridade fundada por Frei Caetano de Altamira.
Foi obra sua o início da construção da nova igreja matriz de Santo Antônio, deixando quase concluída – hoje Catedral.
Deixando a função de pároco, não parou com as atividades sociais: Como Vigário Paroquial da Paróquia são Francisco de Assis e responsável pela comunidade de Alagoinhas Velha, organizou cursos profissionalizantes, como corte e costura, bordado, culinária e artesanato. Para esses cursos, contou com a ajuda de uma religiosa franciscana imaculatina, Irmã Laura, italiana; depois, fundou uma creche para crianças filhas de mães de baixa renda. Para expandir as atividades, fundou o Centro Comunitário de Alagoinhas Velha.
Frei Leão sempre se preocupou com os mais pobres e com os idosos abandonados. Como diretor assistente da Ordem Franciscana Secular (OFS), vendo entre elas muitas ancas desamparadas, penou em fundar uma instituição para abrigá-las na velhice. Com a ajuda da OFS e de pessoas amigas, adquiriu uma casa e aí começou a abrigar as franciscanas idosas desamparadas, dando o nome de Lar Franciscano. Como foi aparecendo a procura de abrigo por parte de outras idosas desamparadas que não eram franciscanas, surgiu a necessidade de ampliar as acomodações, construindo outro galpão no quintal da antiga casa. Por exigência das leis foi preciso legalizar essa instituição dando-lhe estatutos próprios. Assim nasceu legalmente o “Lar Franciscano Emma Barbetti”. Uma “sociedade civil, de fins filantrópicos, de caráter beneficente, educativo, cultural de assistência social, que tem por finalidade assistir à velhice em geral e, de modo especial, a velhice pobre e desamparada”. Sua fundação oficial data de 20 de setembro de 1971. O nome Emma Barbetti é em homenagem a uma italiana cunhada de Frei Leão que muito o ajudou na construção e manutenção da obra.
Não só a população alagoinhense em geral reconhecia o amor e dedicação do religioso a sua gente, mas também os poderes públicos. A Câmara Municipal de Vereadores de Alagoinhas concedeu ao Frei Leão o título de Cidadão Honorário de Alagoinhas, em reconhecimento do seu compromisso com a comunidade.
Frei Leão não dirigia automóvel. Suas andanças na cidade, pelos bairros e até zona rural eram feitas, de início, em bicicleta. Depois, deram-lhe de presente um motociclo denominado “motoneta”, um tipo de “mobilette”. Anos depois, deram-lhe uma motocicleta italiana tipo “Lambretta”. A “lambretta de Frei Leão” tornou-se popular em Alagoinhas.
O religioso querido de todos veio a falecer no Hospital São Rafael em Salvador no dia 24 de outubro de 1987. Sua morte foi causada por um acidente de trânsito, justamente no dia e no momento em que ele se deslocava do convento para a inauguração da creche, por ele fundada, no bairro de Alagoinhas Velha. Um carro que vinha saindo de uma rua transversal colidiu com sua “lambretta”. No choque, ele fraturou o fêmur. Sendo conduzido ao Hospital em Salvador, passou por uma intervenção cirúrgica bem sucedida; mas, dois dias depois, começou a passar mal, deixando os médicos preocupados com o seu estado, nada puderam fazer para evitar o óbito. Suas exéquias foram realizadas na igreja de São Francisco, em Alagoinhas. Seu corpo foi sepultado no interior da Igreja de Santo Antônio em Alagoinhas Velha. Uma multidão imensa assistiu pesarosa as últimas homenagens prestadas a esse religioso que tanto amou e serviu a Alagoinhas. Faleceu aos 73 anos de idade e 50 de sacerdócio.
Fonte: A Caminhada
Frei Isidoro de Loreto

Frei Isidoro de Loreto (Frei Isidoro Copertari) – nome civil: Copertari Gino - nascido em Loreto (NA) – Itália, aos 25 de fevereiro de 1911. Ingressou no noviciado dos Frades menores capuchinhos em 29/09/1926; fez a profissão solene em 08/03/1932; ordenou-se sacerdote em 29/07/1934. Seguindo sua vocação missionária, veio à Bahia , onde exerceu seu ministério por mais de 40 anos. Foi diretor e dos estudantes capuchinhos de Filosofia e Teologia; guardião do Convento de São Francisco em Alagoinhas – BA , conhecedor da música, tocava o órgão na igreja. Religioso de bom caráter, cordial, serviçal e de uma simplicidade infantil. Sempre pronto a qualquer forma de apostolado, Foi bom professor, prudente diretor dos estudantes e superior acolhedor. Por mais de 20 anos foi capelão do Corpo de Bombeiros em Salvador, com um louvável empenho, reconhecido pelas autoridades da citada corporação, que o honraram com o título de “Capitão Major” e o título de Cidadão Baiano. Aproveitando-se desta aceitação da parte do poder público, conseguia emprego, em vários setores de trabalho, a muitos pobres que necessitavam ganhar o salário para sustentar as próprias famílias. “O bom Frei Isidoro”, assim o chamavam todos que o procuravam; tinha sempre alguma coisa para dar: conselhos, roupa, remédios etc. Era conhecido como o bom Frade da Divina Providência. Faleceu em Salvador-BA, em 17 de março 1984, com 73 anos de idade e 58 de vida religiosa.

Frei Caetano Maria de Altamira

Frei Caetano Maria de Altamira (Antônio Lima dos Santos), natural do povoado de Altamira – Conde – Bahia, entrou no Seminário Capuchinho de Esplanada onde fez o noviciado, ordenou-se sacerdote, estudou em Roma – Itália, laureando-se em doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, escritor e conferencista, poliglota e tradutor de obras do Inglês, Italiano e do latim. Foi Professor no Estudantado de Filosofia dos Capuchinhos de Bahia e Sergipe, foi guardião do Convento de São Francisco em Alagoinhas. Foi nomeado bispo diocesano de Ilhéus.

Frei Lucas de Monterado

Frei Lucas de Monterado (Frei Lucas Gianfranceschi) – nome civil: Gianfranceschi Orlando. Nasceu em Monterado (AN) Itália, aos 30 de setembro de 1914. Ingressou no noviciado dos Capuchinhos da Província Picena aos 10/10/1929; professou solenemente aos 04/10/1935; foi ordenado sacerdote aos 03/10/1937. Em 1938 começou sua atividade missionária na Bahia até 1975, quando retornou á província mãe. Aqui, exerceu seu múnus pastoral com fidelidade e empenho; por ser um homem de cultura e intensa vida espiritual, era muito procurado para pregação retiros para o clero. Foi um religioso que honrou a Província mãe e a nossa da Bahia-Sergipe. Dotado de uma excelente inteligência e força de vontade, foi sempre dedicado ao estudo e à cultura. Foi professor nos cursos de História da Arte, Filosofia e de Teologia no Seminário Capuchinho da Custódia Bahia e Sergipe. Foi guardião do Convento de são Francisco em Alagoinhas. Quando a Custódia tornou-se Província, Frei Lucas preferiu voltar à província de origem. Numa carta, o então Provincial, Frei Manoel Delson, escrevia: “Caro Frei Lucas, a sua passagem na Bahia foi muito fecunda...O seu amor ao estudo, à leitura e a formação cultural deixou marcas indeléveis entre nós.” Passou os últimos dias de sua vida na enfermaria do convento de Macerata - Itália, onde veio a falecer aos 25 de abril 2002, com 88 anos de idade e 72 de vida religiosa.

Frei Agatângelo de Crato

Frei Agatângelo de Crato (Frei Ambrósio Bezerra Lobo), nascido na cidade do Crato – CE, aos 31/05/1928; ingressou no seminário dos Capuchinhos da Bahia e Sergipe em Esplanada – BA, onde iniciou o noviciado em 08/03/1947 e proferiu os votos solenes em 19/03/1951; fez teologia no Studio Teologico dei Cappuccini Piceni em Loreto (AN) Itália, sendo ordenado sacerdote em 11/07/1954. Terminados os estudos teológicos, teve autorização dos superiores para ir à Inglaterra estudar o idioma inglês. Voltou ao Brasil em 1956 iniciando o seu múnus sacerdotal. Na Custódia e, depois, Província, ocupou cargos de responsabilidade, inclusive o de guardião em Alagoinhas e, logo após, Diretor da Rádio Sociedade de Feira de Santana - Bahia. Pediu aos superiores para voltar à Província das Marcas (Itália). Lá, no Santuário Mariano Internacional de Loreto, distinguiu-se pela cultura, oração e como confessor preferido. Pelo pela cultura, muito cooperou na tradução para o português da “História dos Capuchinhos no Brasil”, escrita pelo competente historiador capuchinho Frei Pietro Regni (P. Vittorino da Corinaldo ou P. Vittorino Regni). Acometido de uma implacável doença, foi internado na enfermaria provincial onde, bem preparado espiritualmente, terminou os seus dias assistido pelo então Provincial Frei Urbano de Souza. A pedido do povo lauretano, o bom “P. Agatângelo brasiliano”, assim o apelidavam, foi sepultado no campo santo de Loreto. Mesmo pertencente a esta nossa Província, escolheu permanecer na Província das Marcas que sempre amou dizendo: “Na casa da mãe, o filho sente-se feliz”. Faleceu no convento capuchinho de Macerata (MC) - Itália, em 22 de fevereiro 1996, aos 68 anos de idade e 49 de vida religiosa.

Frei Virgínio de Civitanova

Frei Virgínio de Civitanova, nasceu aos 09 de novembro de 1920, em Civitanova Marche (MC) Itália. Conservo u esse nome até 1970, quando assumiu o nome civil de Frei Dário Romitti. Ingressou na Ordem Capuchinha, através do noviciado que teve início em 25 de agosto de 1940; proferiu os votos solenes em 03 de novembro de 1944; foi ordenado sacerdote em 18 de julho de 1948 em Loreto (AN) - Itália. Recém-ordenado, veio para a Custódia Capuchinha da Bahia e Sergipe como missionário. Grande parte de sua juventude foi dedicada á formação dos seminaristas capuchinhos. Exerceu conjuntamente as funções de diretor e professor, primeiramente no Seminário Seráfico de Esplanada – BA até 1956. Com a construção do novo seminário em Feira de Santana – BA (Seminário Seráfico Santo Antônio), os seminaristas de Esplanada são transferido para Feira e Frei Virgínio os acompanha como professor e diretor. Em 1958, passa a direção do Seminário para Frei Faustino de Ripatransone, após os superiores terem-lhe confiado outra missão em Vitória da Conquista.
Em 1961, é nomeado superior do Convento de Alagoinhas. Depois toma posse como pároco da paróquia de Santo Antônio de Alagoinhas pelo então Arcebispo com a incumbência de preparar a estrutura e todo o necessário para a criação da futura Diocese de Alagoinhas, para isso, nomeia-o Vigário Geral “pro erigenda” Diocese de Alagoinhas. Com a chegada de Dom José Cornelis, bispo auxiliar de salvador e Vigário Episcopal da futura Diocese, foi criada a paróquia de são Francisco de Assis, desmembrada da Paróquia de Santo Antônio de Alagoinhas, Frei Virgínio é nomeado pároco da nova paróquia. Findo o seu período como pároco, é novamente indicado como superior do Convento São Francisco de Alagoinhas onde exerce a função até fins de 1980 e início de 1981. A partir dessa data, Frei Virgínio ou Frei Dário Romitti, inicia outra etapa de sua missão sacerdotal. A “santa obediência” envia-o para o Convento São Judas Tadeu em Aracaju – Sergipe. Lá, suas atividades continuam: ora como pároco de alguma paróquia no interior da diocese, ora, como superior do convento. Hoje, já ultrapassando os 90 anos, ainda exerce suas funções ministeriais até onde suas forças permitem.

Frei Pio de Cagli

Frei Pio de Cagli ou Frei Pio Venturi de Cagli (nome civil: Venturi Tommaso), nascido em 01/12/1920, em Cagli (PS); ingressou no noviciado dos Capuchinhos em 15 de agosto de 1939; fez a profissão solene em 17/08/1943 e ordenou-se sacerdote em 21/12/1946 no Santuário mariano de Loreto (AN) - Itália. Jovem sacerdote, veio como missionário à Bahia. Dedicou muitos de seus anos á educação e á formação dos seminaristas capuchinhos. Em Esplanada foi mestre dos noviços e professor no seminário. Acompanhou a mudança do seminário de Esplanada para Feira de Santana – BA; foi professor de Italiano, Latim e Grego. Em Alagoinhas, foi diretor dos estudantes de filosofia e professor de Grego, Latim e História Geral. Durante esse período, era muito solicitado para pregar tríduos, novenas e festas de Padroeiros; nas férias pregava missões populares. Foi superior do Convento de Alagoinhas.
Por mais de 40 anos, serviu à Custódia da Bahia e Sergipe, à qual muito honrou com excepcional dinamismo pastoral. Por motivo de saúde, voltou à Província Marchigiana, onde passou os últimos anos de sua vida. Faleceu e Macerata (MC) - Itália, aos 23 de julho 1996, com 77 anos de idade e 58 de vida religiosa.

CONVENTO DE SÃO FRANCISCO – ALAGOINHAS – BAHIA

Por Tiago de Assis Batista

O atual Convento de São Francisco em Alagoinhas foi aberto por razões vocacionais: Fundar um novo Seminário. Foi aberto canonicamente por Rescrito da Sacra Congregação dos Religiosos, nº 1673/40. A 11 de abril de 1940, executado pelo Rev.mo Padre Geral a 13 de abril de 1940 (Analecta Ordinis, 1941, pág. 33 – Atti Ufficiali dei Frati Minori Cappuccini Piceni, Ancona, Série 2. A, fasc. 2, pág. 63, “Nuova residenza”).O seminário foi inaugurado em 26 de janeiro de 1941. A igreja conventual foi inicia e cinco de outubro de 1941 e inaugurada por etapas, sendo a última em 16 de dezembro de 1951, quando da sagração do altar mor, construído todo em mármore.
O Seminário Menor (Primeiro Grau) funcionou de 1941 a 1947, encerrando com 69 candidatos. De 1949 a 1966, abrigou os estudantes de Filosofia - 60 ao todo. De 1968 a 1979, mais uma vez como Seminário Menor.
Os Religiosos Capuchinhos foram, por muitos anos, os únicos sacerdotes de toda a região. Construíram a fura Catedral de Santo Antônio e toda a infraestrutura para a implantação da Diocese. Divida a Paróquia de Santo Antônio, aos Capuchinhos foi entregue a nova Paróquia de São Francisco de Assis.

Superiores do Convento de São Francisco:

1943 – Frei Inocêncio de Apiro
1946 – Frei Henrique de Ascoli Piceno
1947 – Frei Paulo de Itabaiana
1950 – Frei Leão de Marotta
1953 – Frei Isidoro de Loreto
1956 – Frei Caetano Maria de Altamira
1958 - Frei Paulo de Itabaiana
1959 – Frei Lucas de Monterado
1960 – Frei Agatângelo de Crato
1961 – Frei Virgínio de Civitanova
1966 – Frei Pio de Cagli
1968 – Frei Leão de Marotta
1972 – Frei Lucas Gianfranceschi*
1975 – Frei Dário Romitti*
1978 – Frei Dário Romitti
1981 – Frei Leão Ricci*.

*Observação: A partir de 1970, com a reforma das Constituições, os religiosos capuchinhos tiveram a opção de ficar com o nome que lhes fora imposto ao ingressar no noviciado, ficar com o nome do noviciado e o sobrenome da família ou voltar a seu nome civil. Por isso, encontramos ao longo da história da Província, os mesmos freis com nomes diferentes.

Assim:

Frei Lucas de Monterado é o mesmo Frei Lucas Gianfranceschi (nome religioso com sobrenome da família);
Frei Leão de Marotta é o mesmo Frei Leão Ricci (nome religioso com sobrenome da família);
Frei Virgínio de Civitanova é o mesmo Frei Dário Romitti (nome civil).

CONVENTO DE SÃO FRANCISCO – ALAGOINHAS – BAHIA

Igreja e Convento São Francisco
Alagoinhas - Bahia
O atual Convento de São Francisco em Alagoinhas foi aberto por razões vocacionais: Fundar um novo Seminário. Foi aberto canonicamente por Rescrito da Sacra Congregação dos Religiosos, nº 1673/40. A 11 de abril de 1940, executado pelo Rev.mo Padre Geral a 13 de abril de 1940 (Analecta Ordinis, 1941, pág. 33 – Atti Ufficiali dei Frati Minori Cappuccini Piceni, Ancona, Série 2. A, fasc. 2, pág. 63, “Nuova residenza”).
O seminário foi inaugurado em 26 de janeiro de 1941. A igreja conventual foi inicia e cinco de outubro de 1941 e inaugurada por etapas, sendo a última em 16 de dezembro de 1951, quando da sagração do altar mor, construído todo em mármore.
O Seminário Menor (Primeiro Grau) funcionou de 1941 a 1947, encerrando com 69 candidatos. De 1949 a 1966, abrigou os estudantes de Filosofia - 60 ao todo. De 1968 a 1979, mais uma vez como Seminário Menor.
Os Religiosos Capuchinhos foram, por muitos anos, os únicos sacerdotes de toda a região. Construíram a fura Catedral de Santo Antônio e toda a infraestrutura para a implantação da Diocese. Divida a Paróquia de Santo Antônio, aos Capuchinhos foi entregue a nova Paróquia de São Francisco de Assis.

Superiores do Convento de São Francisco (do início até 1981):

1943 – Frei Inocêncio de Apiro
!946 – Frei Henrique de Ascoli Piceno
1947 – Frei Paulo de Itabaiana
1950 – Frei leão de Marotta
1953 – Frei Isidoro de Loreto
1956 – Frei Caetano Maria de Altamira
1958 - Frei Paulo de Itabaiana
1959 – Frei Lucas de Monterado
1960 – Frei Agatângelo de Crato
1961 – Frei Virgínio de Civitanova
1966 – Frei Pio de Cagli
1968 – Frei Leão de Marotta
1972 – Frei Lucas Gianfranceschi*
1975 – Frei Dário Romitti*
1978 – Frei Dário Romitti
1981 – Frei Leão Ricci*.

*Observação: A partir de 1970, com a reforma das Constituições, os religiosos capuchinhos tiveram a opção de ficar com o nome que lhes fora imposto ao ingressar no noviciado, ficar com o nome do noviciado e o sobrenome da família ou voltar a seu nome civil. Por isso, encontramos ao longo da história da Província, os mesmos freis com nomes diferentes.
Assim:
Frei Lucas de Monterado é o mesmo Frei Lucas Gianfranceschi (nome religioso com sobrenome da família);
Fei Leão de Marotta é o mesmo Frei Leão Ricci (nome religioso com sobrenome da família);
Frei Virgínio de Civitanova é o mesmo Frei Dário Romitti (nome civil).

LAR FRACISCANO EMMA BARBETTI

Lar Franciscano Emma Barbetti - Alagoinhas - Bahia

Por Tiago de Assis Batista

No dia 20 de setembro deste ano - 2011, o Lar Franciscano Emma Barbetti completou 40 anos de fundado. Por motivos especiais, não houve uma comemoração nessa data, mas nos próximos meses será escolhida uma data para uma comemoração especial em homenagem a seu fundador e ao resgate da história e caminhada da instituição. Em tempo oportuno, os convites serão publicados.

Conforme seu Estatuto, "o Lar Franciscano Emma Barbetti, em Alagoinhas – Bahia, é uma sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter beneficente e assistência social e de inspiração cristã. Sua finalidade é a promoção de ações assistenciais às Idosas em situação de carência e desamparo familiar e, de modo especial, a velhice pobre e desamparada do município de Alagoinhas".
Essa instituição foi fundada pelo sacerdote capuchinho Frei Leão Ricci (Frei Leão de Marotta), em 20 de setembro de 1971. Após a fundação, ele deu toda a assistência material, moral e espiritual até a morte (24/10/1987).

Frei Leão Ricci (*02/07/1914 - Marotta (Itália) + 24/10/1987 - Alagoinhas -Bahia - Brasil) - fundador do Lar Franciscano Emma Barbetti em Alagoinhas - Bahia
A intenção do fundador era Criar um espaço para abrigar as irmãs idosas e deamparadas da Ordem Franciscana Secular (OFS) - na época conhecida como Ordem Terceira Franciscana. Uma entidade de caráter religioso. Mas, por exigências legais e para garantira a manutenção com auxílios públicos, a instituição tornou-se uma entidade filamtrópica.
Tendo em vista a sua origem, o Lar Franciscano mantém uma estreita ligação com a Ordem Franciscana Secular (OFS), sendo que, conforme seu Estatuto, 50% dos membros da diretoria devem ser de membros da OFS da Fraternidade São Francisco de Assis de Alagoinhas.

Por que o nome Emma Barbetti? A senhora Barbetti é uma italiana que foi esposa do falecido irmão de Frei Leão - portanto, cunhada do religioso. Ela foi a grande benfeitora do Lar Franciscano. Na época, a realização dessa obra não teria sido possível sem a sua ajuda. Por isso, o nome Lar Franciscano Emma Barbetti. Morava na cidade de Gubbio (Itália). Frei Leão ainda tem duas irmãs na Itália - Maria (Gubbio) e Bruna (Roma) elas mantêm constante comunicação com a Diretoria do Lar e todo ano mandam ajuda para as idosas.

Critérios para admissão de uma idosa ao Lar Franciscano: Primeiramente, que seja carente e/ou abandonada, preferencialmente do município de Alagoinhas. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente, tendo-se presente a indigência e o abandono dos familiares. O internamento é comunicado ao Ministério Público e ao Conselho Municipal do Idoso. A entidade segue rigorosa e cuidadosamente as normas e exigências dos órgãos públicos que regulamentam essa matéria.

A casa tem capacidade para abrigar 34 internas, mas está-se fazendo uma ampliação que permitirá abrigar até 48 idosas.
O Lar Franciscano Emma Barbetti é administrado por uma Diretoria e pelo Conselho Fiscal, composta e eleita pela Assembléia Geral. Os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal não são remunerados.

Idosas do Lar em recreação

O Lar não é uma instituição de caridade gratuita. É mantido pela contribuição das próprias internas (dentro das possibilidades de cada uma); pela modesta mensalidade de seus sócios; por doações de voluntários e de convênios com a Ação Social do Município.


Endereço: Lar Franciscano Emma Barbetti
Rua Lauro de Freitas, 48
48.005-195 – Alagoinhas – Bahia.
Tel.: (75) 3422-1444. E-mail: larfran@oi.com.br.

CAPUCHINHOS EM ALAGOINHAS

Igreja do Convento de São Francisco de Assis - Alagoinhas -Bahia (foto antiga)
Após muitas considerações e consultas chegam a Alagoinhas, aos 8 de dezembro de 1939, o custódio provincial da Bahia e Sergipe, Frei Pedro de Crispiero, acompanhado de Frei Boaventura de Elcito e de Frei Estêvão de Recanati, com a finalidade de encontrar um lugar para a construção do convento e seminário. Percorreram vários pontos. No dia 9 de dezembro, encontraram o sítio de D. Adélia Valverde Bastos, situado à Rua 24 de outubro (atual Lauro de Freitas) e decidem por este local. Aos 26 de dezembro de 1939, já era passada a escritura do terreno, liberando-o para o início da construção.
Em fevereiro de 1940 é enviado para Alagoinhas, o Frei Gregório de San Marino que dá início aos alicerces, passando em seguida, aos cuidados de Frei Estêvão de Recanti.
Aos 26 de janeiro de 1941, eram inaugurados o convento e seminário, passando a residir os quatro religiosos: Frei Inocêncio, Frei Pedro de Cispiero, Frei Germano de Colli e Frei Isaías de Civitanova e mais 20 seminaristas.
No dia 16 de junho de 1954, devido ao afastamento do Vigário, Cônego Afonso Godinho, dos trabalhos paroquiais, é nomeado, pelo Cardeal da Dom Augusto Álvaro da Silva, Frei Fidélis de Itabaiana, como Vigário substituto da Paróquia de Alagoinhas, tendo como colaboradores, os confrades: Frei Isidoro de Loreto, Frei Benjamim de Villa Grande, Frei Caetano de Altamira, Frei Silvério de Cíngoli e Frei Apolônio de Barra de são Pedro.
Em novembro deste mesmo ano, a responsabilidade da paróquia passa para o Padre João Rosalvo Pimentel. E aos 2 de maio de 1955, por determinação do Senhor Cardeal, a Paróquia passa novamente a ser assumida pelos religiosos Capuchinhos, tendo como encarregado da freguesia, Frei Fidélis de Itabaiana.
Entre muitas atividades espirituais, realizadas pelos frades Capuchinhos, nesta cidade, podemos destacar ainda as seguintes construções:
  • Lançamento da primeira pedra da nova Capela Nossa Senhora de Fátima, no dia 13 de maio de 1956, tendo como encarregado da construção, Frei Caetano de Altamira;
  • Lançamento da primeira pedra da nova Igreja Matriz, no dia 20 de abril de 1958 e fase inicial da Capela Nossa Senhora de Fátima, sendo vigário, Frei Leão de Marotta;
  • (neste mesmo ano Frei Caetano foi nomeado Bispo de Ilhéus);
  • Aquisição de uma casa, à Rua Teresópolis, nº 584, onde se construiria a residência do bispo da futura Diocese de Alagoinhas, sendo responsável o Frei Virgínio;
  • Conclusão dos trabalhos da nova Matriz, em 31 de junho de 1965;
  • Reforma das capelas de Aramari e Riacho da Guia.
À frente desses trabalhos, tivemos como Vigário da paróquia Santo Antônio, os seguintes Frades:

Frei Fidelis de Itabaiana (16/06/1954).
Frei Leão de Marotta (12/03/1957).
Frei Lourenço de Conquista (23/03/1963).
Frei Germano de Colli (02/02/1964).
Frei Virgínio Civitanova (02/02/1966).

Com a criação da Paróquia de São Francisco de Assis (25 de abril de 1968), Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti)torna-se o último pároco Capuchinho da Paróquia de Santo Antônio em Alagoinhas e o primeiro pároco da nova Paróquia São Francisco de Assis.

CAPUCHINHOS NA BAHIA

Perfil do "Hóspice" de N.S. da Piedade - Salvador - Bahia (antiga gravura)

1. Capuchinhos franceses na Bahia 1670 – 1700

Frei Martinho de Nantes da província de Bourbon (França) – veio para dirigir as Missões do Rio São Francisco, trabalhando com as aldeias indígenas de Aracapá e Cavalo.
Em 1683, dá início á construção do Hóspice* de Nossa Senhora da Piedade em Salvador da Bahia. Do qual foi superior. A construção foi concluída em 1686.
A piedade se tornou residência oficial dos Missionários Capuchinhos da Bahia.

2. Capuchinhos italianos na Bahia (1705)

Em 1705, A Congregação de Propaganda Fide confia à Missão da Bahia aos capuchinhos italianos de várias províncias, inclusive da Província das Marcas.
Vinham em grupos de 10 ou 12 frades. Os missionários (cerca de 160) tinham como superior maior o Prefeito Apostólico. Havia cerca de 3.000 índios sob seus cuidados.

3. Capuchinhos da Província das Marcas - Ancona – Itália (1892 – 1937)

Em 1887, foi publicado o novo Estatuto das Missões, foi estabelecido que cada província assumisse uma missão e zelasse por ela.
Assim, a Prefeitura Apostólica da Bahia foi confiada à Província Capuchinha de Ancona – Marcas – Itália, em 17 de novembro de 1891.
Em 1938, A Missão da Bahia passou a ser Custódia Provincial. Trinta e quatro religiosos italianos chegaram para trabalhar no campo missionário.
Em 1970, A Custódia Provincial passou a ser Vice-Província e em 1983 passou a ser Província independente, abrangendo o estado da Bahia e Sergipe.

Fonte: Província Nossa Senhora da Piedade -  Frades Menores Capuchinos da Bahia e Sergipe - 1983, comemorando a proclamação da Província e os 300 anos de fundação do Convento Nossa Senhora da Piedade.
___________
*Hóspice (do latim: hospítium, ii = hospício, asilo) era o nome dado às residências dos frades antes de serem canonicamente constituída como convento; geralmente com até três religiosos. (Nada a ver com manicômio). Convento = Edificação em que habita uma comunidade religiosa.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS - ALAGOINHAS

Igreja Matriz e Conventual da Paróquia São Francisco de Assis
Alagoinhas - Bahia

HISTÓRICO

Frei Virgínio de Civitanoiva (Frei Dário Romitti)
Com a divisão da Paróquia de Santo Antônio em Alagoinhas, foi criada a 25 de abril de 1968, a Paróquia São Francisco de Assis, ficando como responsáveis da mesma, os Frades Capuchinhos, sendo nomeado Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti) como primeiro Vigário, seguido por Franco Zitti (Frei Félix de Cingoli),Frei Tiago de Assis Batista (1972-1975) e, depois, por Frei Everaldino Pires de Oliveira (24 de março de 1975).
 
Frei Virgínio de Civitanova (Frei Dário Romitti) começa sua atividade de pároco após o Concílio Vaticano II, quando a Igreja estava empenhada no “aggiornamento”, tentando "fomentar a vida cristã entre os fiéis, adaptar melhor às necessidades do nosso tempo as instituições susceptíveis de mudança, promover tudo o que pode ajudar à união de todos os crentes em Cristo, e fortalecer o que pode contribuir para chamar a todos ao seio da Igreja" (Sacrossantum Concilium). Começam os primeiros passos para a criação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), com a descoberta e treinamento de líderes. Começa um trabalho pioneiro de Comunidade em Santa Terezinha e Alagoinhas Velha , contando com a ajuda de Frei Romano de Offida (S. Terezinha) e Frei Leão de Marotta (Frei Leão Ricci) – Alagoinhas Velha; vão-se organizando as comunidades rurais de Estêvão, Narandiba, Rio Branco, Quisanbu; Riacho da Guia passa a ter mais assistência.
É criada a Casa da Fraternidade e fundado o Lar Franciscano Emma Barbetti para senhoras idosas desassestidas pela família.

Frei Tiago de Assis Batista


Frei Tiago de Assis Batista (foto) assume a Paróquia de São Francisco do início de 1972 a fevereiro de 1975. Nessa época, já tinha sido criada a Vigararia Episcopal de Alagoinhas e Dom José Flofibet Cornelis, bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, é nomeado Vigário Episcopal da futura Diocese de Alagoinhas, vindo morar em Alagoinhas. Na Vigararia, o trabalho de criação das CEBs vai-se incentivando. A Paróquia de São Francisco dá continuidade ao trabalho iniciado por Frei Virgínio na descoberta e treinamento de líderes, as comunidades vão-se organizando; começa a surgir a Comunidade de Áurea Cravo (hoje São José Operário). Chegam as Irmãs de São Raimundo e se instalam no Bairro de Santa Terezinha e prosseguem na assistência à Comunidade; constrói-se e inaugura-se a nova capela (hoje, Igreja Matriz). Em Alagoinhas Velha, Frei Leão fica responsável pela Comunidade e organiza o Clube de Mães, com cursos de artesanato, corte e costura e culinária.
Nessa época, a Paróquia de Araçás perdeu a condição de paróquia e passou a ser capela de São Francisco, ficando Frei Virgínio (Dário) responsável por Araçás e Riacho da Guia e pelas comunidades rurais vizinhas.

Frei Everaldino Pires de Oliveira

Frei Everaldino (foto) assumiu a Paróquia de São Francisco de 24 de março de 1975 a 29 de janeiro de 2005. Na época da posse, algumas poucas Comunidades Eclesiais urbanas ou rurais já estavam organizadas; outras começaram a surgir e a se organizarem, porém não tinham capela ou as tinham, mas bem precárias. O novo pároco empenhou-se em construir capelas novas capelas e reformar as existentes. Foram construídas as capelas de São Raimundo, São José Operário, São José do Petrolar, Narandiba, Calu e tantas outras; reformou as capelas de Nossa senhora das candeias (Praça Kennedy), Alagoinhas Velha, Riacho da Guia e tantas outras. Organizou um Curso Bíblico semanal; incentivou as pastorais; organizou a catequese de crianças; animou a missa com crianças e fundou um coral com elas. Foi Vigário Geral da Diocese. Paralelamente a essas atividades, ainda dava aula de Sagrada Escritura no Instituto de teologia da arquidiocese de Salvador.

Após 19 anos de criação da Paróquia, Frei Carlos Inácio de Souza assume como pároco , aos 8 de março de 1987, permanecendo até janeiro de 1991. Com a transferência de Frei Carlos Inácio para Itabuna, assume a Paróquia na condição de pároco o Frei José Jorge Rocha até 23 de julho de 1992, deixando a coordenação da Paróquia com o Frei Edimilson Pereira dos Santos, como administrador, que fica até o dia primeiro de dezembro de 1995, quando assume o Frei Orlando Santos Oliveira até o ano 2000.

Frei Orlando Santos Oliveira  (foto)
No decorrer desses anos, foram construídas várias capelas nas diversas comunidades da Paróquia, inclusive a restauração do telhado da igreja São Francisco e da Casa da Fraternidade, a reforma da Igreja Matriz de Araçá, entre tantas outras realizações.

Frei Anilson Cardoso Vasconcelos (foto)
Em janeiro do ano 2000, o Frei Anilson Cardoso Vasconcelos, foi nomeado Pároco dessa paróquia; deu continuidade ao trabalho dos párocos que aqui passaram. Em sua passagem como administrador da paróquia, pintou toda parte externa da Igreja São Francisco; reparou a instalação elétrica; reformou a capela Sauípe, o telhado da capela de Quizambú; forro da Capela Santo Antônio em Alagoinhas Velha. No ano 2002, construiu o primeiro andar da antiga Casa da Fraternidade - que hoje tem como nome Centro de Formação Catequética São Francisco de Assis. De alagoinhas, Frei Anilson foi transferido para o convento de São Judas Tadeu em Aracaju – Sergipe.
A paróquia São Francisco perdeu uma parte de seu território com a criação da Paróquia de Araçás. Mesmo assim, ainda possui muitas  comunidades na área urbana e na zona rural. Algumas já estão com uma boa caminhada, enquanto outras ainda estão em fase inicial.

Frei Carlos Inácio de Souza


Frei Carlos Inácio



Em 30 de janeiro de 2005, o Frei Carlos Inácio de Souza retornou a Paróquia de São Francisco como pároco, assumindo por um período de 5 meses. Renunciou por motivo de saúde. Ele foi considerado o precursor das comunidades urbanas e rurais.




Frei Liomar Pereira da Silva (foto)


Aos 26 de Julho de 2005, o Frei Liomar Pereira da Silva tomou posse da Paróquia de São Francisco de Assis como pároco. Jovem estudioso que exerceu a função com habilidade e articulação; apoiou a Pastoral Familiar; reorganizou a administração paroquial; destacou-se no ministério da pregação; adquiriu um novo carro para o serviço da ação pastoral e missionário e Organizou o Conselho Pastoral Paroquial (CPP).

Frei Manuel Santos de Oliveira (foto)


Aos 06 de Fevereiro de 2008, o Frei Manoel Santos de Oliveira tomou posse como administrador paroquial. Motivou a “Missa da Misericórdia” e incentivou o entrosamento com as comunidades rurais. Frei Manoel acompanhou e investiu muito na creche do Rosário da Caridade; estacou-se no serviço de animação da catequese paroquial; integrou melhor a comunidade de Araçás e deixou a função de administrador paroquial em abril de 2009, por motivo de saúde.

Frei Sebastião Dias Mendes (foto)

Aos 05 de julho de 2009, , Frei Sebastião Dias Mendes toma posse como pároco. Motivou a organização da liturgia, melhorou a transparência na administração da Paróquia, envolvendo leigos comprometidos; começou a participar de uma forma direta da vida das comunidades. Com a motivação do bispo diocesano Dom Paulo Romeu e do Ministro Provincial Frei Rubival Cabral, o Frei Sebastião preparou a comunidade de Araçás para ser elevada a categoria de paróquia no dia 01 de Novembro de 2005. Ele tem orientado um trabalho pastoral nas comunidades através dos setores de comunidades. Atualmente, tem organizado assembléias paroquiais, motivando os leigos e a fraternidade a participar melhor dos encontros a nível diocesano e de vicarito.
Nossa paróquia está experimentando um bom momento que é o inicio da Pastoral da Comunicação (PASCOM), criando novas comunidades, construindo capelas. Atualmente trabalhando para a criação da paróquia São José do Petrolar. São essas e outras atividades desenvolvidas na Paróquia São Francisco.